Escândalos na vida política brasileira é algo que estamos mais que familiarizados. Exatamente pela forma como eles acontecem, e como os seus protagonistas negam a existência deles, mesmo sendo algo visível aos olhos da população.
Político no Brasil é uma raça tinhosa, alguns resistem as mais terríveis turbulências e julgamentos, persistindo no cargo ilesos sem serem marcados pelos revezes. Por exemplo, o atual Presidente do Senado e o ex-Presidente, José Sarney e Renam Calheiros tipificam a resistência em alto nível.
Mas o poder de resistência é mensurado pelo nível dos eleitores. Tanto Sarney como Renam, garatem suas eleições com práticas de manipulação das massas.Onde muitos dos seus eleitores ignoram acusações feitas contra eles e a grande maioria são agradecidas por seus favores.
Ilustração: Cadu Tavares
STALIN E SARNEY
Só que agora falando de gente das fileiras do PCdo B, tem que ser diferente. Porque essa rapaziada Stalinista,aprenderam a não negar nada, muitos menos dar duplo sentido às palavras mais transparentes.
O PC do B tem uma base de eleitores intelectualizada. Em Porto Alegre a Deputada Manuela Dávila desponta como favorita nas eleições de 2012. Daí a razão, porque da galerinha do Ministro Orlando Silva não pode usar a mesma prática de Sarney e Calheiros.
Os principais jornais e revistas já denunciaram algumas vezes o aparelhamento do programa. Pelo menos, Veja e Estado de São Paulo, Correio Brasiliense, já mencionaram as ONGs amigas do PC do B atuando no Segundo Tempo.
As denúncias vêm se arrastando e agora ganham nova dimensão.. Nem todo escândalo no Brasil pega.
As chances do escândalo ser levado a sério, dependem ,em primeiro lugar, de uma denúncia no interior da quadrilha que opera o desvio. Mas dependem também da pressão das outras quadrilhas que se sentem alijadas e querem parte do despojo.
Quem sabe, através do governo do esporte, grande parte da população acabe entendendo a lógica do governo em geral?
E da maneira como as coisa estão indo não terá segundo tempo nem para Orlando Silva, muito menos para o seu antecessor Agnelo Queiróz, atual Governador de Brasília.
