CNJ e a marcação cerrado com os Magistrados

E o tiroteio que atinge o Judiciário pode, ainda, se transformar em um dia de fúria, atingindo todo o país com força e muitas baixas. O editorial da "Folha" de hoje, apesar de reconhecer a controvérsia, apoia a tentativa do CNJ de acessar dados sigilosos de magistrados, incluindo os bancários e fiscais. A origem do texto está na decisão do Conselho de realizar um minucioso levantamento sobre o patrimônio de 62 magistrados sob investigação. O órgão já tem obtido dados sigilosos por meio de parcerias com a Polícia Federal, Receita Federal, Banco Central e Coaf. Todos sabem que para acessar estes dados é necessário ordem judicial, mas se tenta contornar a limitação sob o frágil argumento de que o CNJ é um órgão do Poder Judiciário, apesar de não ter atribuição para julgar processos penais. A polêmica sobre os limites de atuação da Corregedoria Nacional não tem nada a ver com a quebra de sigilo feita pelo CNJ e querer confundir as duas polêmicas é tentar nublar ambas as discussões. Mas fato é que, quando a fome do Big Brother invadir as mais altas instâncias do Judiciário, teremos balas atiradas para todos os lados, deixando vítimas em cada esquina. 

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