A Copa do Mundo no Brasil, de uma certa forma, começou sábado com o sorteio das chaves, numa festa que custou R$30 milhões e mudou o trajeto de 40 voos no aeroporto Santos Dumont.
Foi uma decisão política e, certamente, virão outras que causam espanto. E a Copa não começa apenas com o fechamento do aeroporto.
A entrevista de Joseph Blatter foi toda marcada por perguntas sobre corrupção na Fifa. Um movimento pela saída de Ricardo Teixeira tornou-se muito forte no twitter e promete também manifestações até 2014, caso Teixeira não caia até lá.
As circunstâncias são dificeis tanto para o governo brasileiro como para a FIFA. A Copa do Mundo imaginada para distrair com as emoções do futebol começa com dos dois grandes atores às voltas com o problema da corrupção.
No âmbito nacional, a presidente Dilma demitiu 18 funcionários do Ministério dos Transportes mas o tema ainda não foi de todo superado.
No plano internacional, as acusações contra a FIFA e também contra Ricardo Teixeira ganharam corpo, sobretudo na Inglaterra.
Uma entrevista dos dirigentes do país como os da FIFA corre o risco de trazer à tona, exatamente o tema que o futebol, com sua magia, tem o dom de ocultar.
Está apenas começando uma Copa do Mundo histórica. Não necessariamente pelos lances dentro de campo mas pelo esgotamento de um certo modo de governar o Brasil, a FIFA e a CBF.