Militares criticam Dilma Rousseff

Em nota, presidentes dos três clubes da reserva atacaram declarações de Maria do Rosário e de Eleonora Menicucci e omissão de Dilma Rousseff.

Em sinalização de como os militares da reserva estão digerindo a instalação da Comissão da Verdade, presidentes dos três clubes militares publicaram um manifesto censurando a presidente Dilma Rousseff e atacando as ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, por supostas críticas dirigidas à caserna. A carta, embora assinada por oficiais da reserva, traduz a insatisfação de militares da ativa, que são proibidos de se manifestarem. Eles se queixam de Maria do Rosário por supostamente estar questionando a Lei da Anistia e da titular da pasta das mulheres por críticas exacerbadas aos governos militares. Os militares reclamam que Dilma, como comandante em chefe das Forças Armadas, deveria ter repreendido suas auxiliares, e não ter aplaudido o discurso de posse da nova ministra, endossando suas palavras supostamente contra a categoria. Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo, diz a nota. Ao se queixarem da postura da ministra Maria do Rosário, os militares citam que ela deu declarações na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na Justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Na nota, os presidentes dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica reclamam de Maria do Rosário alegando que mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, que rejeitou a revisão da Lei da Anistia. A Presidente não veio a público para contradizer a subordinada. Nova ministra. O manifesto censurou ainda a presidente Dilma por ter afiançado o discurso supostamente revanchista de posse de Eleonora. Segundo os militares, a nova ministra teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. Os militares ressaltaram que a plateia aplaudiu a fala, incluindo a sra Presidente.
Fonte: Estadao.

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