Ronaldinho é menos fominha e mais solidário



Depois de brigar para escapar do rebaixamento até a penúltima rodada em 2011, o Atlético-MG é a sensação do Brasileiro deste ano. 
Com um jogo a menos que os seus principais adversários na briga pelo título, o time fecha a primeira parte da competição com 43 pontos e 79,6% de aproveitamento - o melhor desempenho desde 2003, quando o torneio passou a ser disputado por pontos corridos. 
Na opinião do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, o diferencial está na vontade dos atletas.
"Os jogadores estão querendo. Todos estão imbuídos de dar essa alegria aos torcedores. Aqui todos os jogadores são operários", disse o dirigente. "A gente dá toda a estrutura necessária e paga em dia. Dentro de campo eles têm que resolver".
Não foi só o clube que passou por uma transformação de um ano para o outro. Principal contratação da equipe, Ronaldinho é um exemplo da mudança positiva - pelo menos nos números.
De acordo com o Datafolha, Ronaldinho tem uma média de 4,9 desarmes por jogo no Brasileiro. No último Nacional, tinha média de 3,5. 
O camisa 49 também faz mais assistências, lançamentos e cruzamentos do que na antiga equipe. Agora, tem média de 1,3 assistência, 2,1 lançamentos e 8,1 cruzamentos por partida. No Flamengo, os números eram 0,7, 1,0 e 5,7, respectivamente. 
Os números mostram ainda que Ronaldinho era mais individualista quando atuava no Rio. Ele tinha média de 2,6 finalizações e 2,6 dribles por jogo. Agora, o meia finaliza duas bolas por partida e tem média de 2,3 dribles. 
Ronaldinho tem sido menos indisciplinado. Em 15 jogos, levou apenas dois cartões amarelos. No Flamengo, foram 11 em 31 partidas. 
Apesar da evolução de Ronaldinho e dos elogios de Kalil ao elenco, o presidente já repreendeu o grupo no início do mês. Noitadas dos atletas seriam o motivo da discussão. 
Na época, o dirigente negou ter discutido com Ronaldinho e outros atletas.
O Atlético-MG encara agora a Ponte, na quarta-feira.

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