Gleisi pode ter informantes do PT em penitenciárias que a avisam sobre rebeliões em presídios?

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A campanha de Gleisi Hoffmann (PT) sofreu mais um revés calamitoso nesta quarta-feira (3). A senadora vinha questionando, com insistência, a declaração do governador Beto Richa (PSDB), de que ficou surpreso com a recente rebelião no presídio de Cascavel. A tese da petista é a de que Richa demonstra surpresa quando o estado enfrenta alguma dificuldade. Gleisi recebeu uma resposta devastadora do governador na Gazeta do Povo de hoje:

“Eu realmente não sabia que ia ter rebelião. Ela [Gleisi] deve ter informantes no presídio da Papuda. Quem sabe também tenha em Cascavel”, disse Richa ironizando o último debate entre os candidatos ao governo do Paraná em que Gleisi confundiu (https://www.youtube.com/watch?v=_-j9NXz-WKQ) a Penitenciária Estadual de Cascavel, onde houve uma rebelião, com o Presídio da Papuda, onde estão encarcerados os petistas condenados pelas roubalheiras do mensalão.

A sacada virou febre nas redes sociais e nos blogs políticos, onde muitos se puseram especular sobre quem poderia ser a fonte de Gleisi no sistema carcerário. Isso porque, apesar de ter sido dita em tom de ironia, a hipótese que Gleisi possa ter uma rede de informantes em presídios não é totalmente despropositada. Um número expressivo de petistas está cumprindo pena em presídios por corrupção ou por outros crimes graves e até hediondos.

A senadora poderia ter sido avisada sobre a rebelião em Cascavel por Eduardo Gaievski, seu ex-assessor pedófilo na Casa Civil, que aguarda julgamento por 28 estupros de meninas na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. Gaievski, que já foi flagrado uma vez usando mensagens por celular de dentro da prisão provisória de Curitiba, onde foi recolhido logo depois de ser preso, em agosto de 2013. Teoricamente poderia estar municiando Gleisi com informações sobre rebeliões em presídios, ironizam os frequentadores da Boca Maldita, no centro de Curitiba.

Não seria totalmente impossível, ironizam velhas raposas políticas paranaenses, que alguma dica sobre a rebelião tivesse vazado para a candidata do PT ao governo do Paraná por Luiz Moura, deputado com conexões com o PCC. Moura recentemente deixou o PT (depois que se revelou que mantinha reuniões com o comando criminoso e que registrou um crescimento miraculoso do patrimônio), mantém boas relações com os petistas.

Nessa eleição Gleisi faz dobradinha com o deputado Zeca Dirceu, filho do mensaleiro Zé Dirceu, uma potencial fonte de informações sobre a movimentação nos bastidores dos presídios, segundo uma galhofa que faz sucesso em Curitiba. Outra hipótese, que faz a alegria dos maldosos, é de que a fonte de Gleisi poderia o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, atualmente preso em Curitiba.

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