Marcelo Almeida, candidato ao Senado do PMDB, diz que Requião mente ao prometer baixar o pedágio.

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O senador Roberto Requião (PMDB) se elegeu duas vezes (2002-2006) governador do Paraná prometendo “baixar ou acabar” com o pedágio. Nessa eleição tenta voltar ao governo com o mesmo discurso. Desta vez, com uma novidade: o candidato ao Senado de Requião é Marcelo Almeida, herdeiro da CR Almeida, dona de dois dos pedágios mais caros do Paraná (e do mundo), a Ecovia (Curitiba-Paranaguá) e a Ecocataratas (Guarapuava-Foz do Iguaçu). Para piorar as coisas, em uma reveladora entrevista ao jornal Gazeta do Povo (http://www.gazetadopovo.com. br/vidapublica/eleicoes/2014/ conteudo.phtml?tl=1&id= 1496075&tit=Pedagio-e-caro- devido-ao-nosso-pioneirismo,- diz-Marcelo-Almeida), Almeida simplesmente diz que as promessas de “baixar ou acabar” não passam de “mentira”.
Questionado sobre a recorrente promessa de Requião de baixar ou acabar com o pedágio, Marcelo Almeida dá uma resposta surpreendente. Admite que é pura mentira e enganação. “E do ‘baixa ou acaba’, acho que tem de baixar. Dá para baixar? É óbvio que não dá para baixar. Não dá para usar como bandeira política, você precisa falar mais a verdade”. Perplexo o jornalista insiste: “Mas dá para baixar?” A resposta do filho do falecido Cecílio do Rego Almeida, conhecido por falar o que pensava, elimina qualquer dúvida sobre o assunto: “Eu acho que não. Não dá para mentir”.
A questão do pedágio foi politizada até o nível da demência no Paraná. O tema já foi objeto de cinco comissões parlamentares de inquérito na Assembleia Legislativa (uma está em curso) e já rendeu dois mandatos de governador a Requião. A falta de racionalidade fica evidente no fato que o senador volta com o mesmo discurso nesta eleição, mas de braço dado com Marcelo Almeida, dono de dois pedágios, e financiador de sua campanha. A insanidade fica ainda mais transparente quando Almeida, num surto de sincericídio admite que “é óbvio que não dá para baixar o pedágio” e que as promessas nesse sentido não passam de “mentira”.

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