ISRAEL E PALESTINA: O QUE ACONTECERÁ ATÉ SETEMBRO?

Não acredito que exista alguma proposta de paz no Oriente Médio que seja aceita sem reservas. A de Obama tem uma vantagem de ser apoiada pela ONU e pela Rússia, entre outros. Mas foi rejeitada também, pelo menos nas primeiras horas.
Pesquisando um pouco as linhas de 1967, anteriores à guerra vencida por Israel, cheguei à conclusão de que há pontos entre o discurso de Obama e o de Netanyahu, Premier de Israel, que poderiam ser desenvolvidos.
Obama fala de ter as linhas de 67 como base. Netanyahu considera essa proposta inaceitável. Mas Obama fala também de algumas trocas de terra, para complementar o acordo. Netanyahu fala na disposição de Israel de ceder algum território em troca da paz.
As linhas de 67 não são uma fronteira política. Eles foram na verdade a reprodução das linhas do armistício de 1949, uma solução militar.
Depois disso, Israel já devolveu o Sinai e cerca de 80 por cento da Faixa de Gaza. O argumento principal para a não aceitaçao das linhas de 67 é o da segurança.
Era importante saber que terras Israel abre mão, ou pelo menos saber que áreas não pode devolver por questão de segurança. As colinas de Golan, por exemplo.
Cautela nas ruas, cautela nas mesas de negociação
Uma frase de Obama ressalta que os entendimentos têm de levar em conta a segurança de Israel.
Sinto que através de algumas frases , Obama e Netanyahu ressaltam sua concordândia. Ambos estão pressionados pela chegada de setembro, quando a ONU pode reconhecer o estado palestino.
E ambos podem ficar isolados se não encontrarem até lá um discurso comum. A situação é tão complicada que qualquer vestígio de esperança pode cair na ingenuidade. Mas as linhas de 67 são apenas um dos problemas. Sobre refugiados palestinos, há toda uma discussão em aberto. É um tipo de situação na qual é preciso avançar passo a passo.
Obama anunciou o seu. É seja cedo ainda para classificá-lo de um tropeço.


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