Novo senador do Paraná é investigado na Operação Gafanhoto

                                            Senador Sérgio Souza (PMDB-PR), à esquerda, cumprimenta José Sarney, presidente do Senado
                                              Senador Sérgio Souza (PMDB-PR), à esquerda, 
                                              cumprimenta José Sarney, presidente do Senado                                 
                             

O suplente da ex-senadora Gleisi Hoffmann, Sérgio Souza (PMDB), que tomará posse no cargo nesta terça-feira (14), é investigado na Operação Gafanhoto da Polícia Federal, que apura fraudes na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Souza admitiu que recebia salário em nome da mãe, que era funcionária da Casa.
A operação investiga, desde 2008, suspeitas de fraudes no recebimento de salários de funcionários e ex-funcionários da Alep. Os salários eram depositados nas contas de terceiros, e muitos não tinham consentimento dos recebimentos. Também são investigados “funcionários fantasmas”, que recebiam salários sem ir trabalhar.
Souza afirmou que não sabia que seu nome estaria envolvido no processo, mas admitiu que recebia o salário da mãe, que foi funcionária da Alep, em sua conta. “Isso é verdade, minha mãe realmente foi funcionária por uns seis meses, não sei se seis ou cinco ou sete meses, e o salário ficou na minha conta, porque minha mãe nunca teve conta bancária, e não tem até hoje. Naquele momento, foi essa a solução que nós achamos”, disse.
Ele disse que a mãe realizava trabalhos externos, enquanto era funcionária da Casa. “Ela era uma assessora política, como tem no Brasil todo, (...) que não ficam necessariamente dentro dos gabinetes. Era comum e acho que ainda é comum na Assembleia ter isso. Então a minha mãe fazia também um pouco de uma atividade assistencial."
Souza foi assessor de Orlando Pessuti por 12 anos, quando este era deputado estadual. E foi indicado por Pessuti (que assumiu o governo do estado quando Roberto Requião se afastou para concorrer ao Senado) para integrar a chapa de Gleisi Hoffmann como primeiro suplente.

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