EDUCAÇÃO FRAGILIZADA NO BRASIL




A Pesquisa divulgada recentemente sobre educação no Brasil é preocupante, embora não traga nenhuma surpresa.
A pesquisa é o resultado da chamada prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização). É aplicada em alunos do terceiro ano, antiga segunda série.
Metade das crianças brasileiras  em escolas públicas e privadas não aprendeu o esperado para o nível de estudo. O resultado em detalhes está em www.estadão.com.br/educação.
O desastre maior é em matemática, matéria em que 57 por cento dos alunos mostraram deficiência.
Além da matemática, há outro dado preocupante: os alunos das escolas públicas estão numa situação bem pior do que os de escolas particulares.
Também não é novidade a decadência da escola pública no Brasil, apesar de termos ampliado, amplamente, o número de vagas disponíveis.



Os alunos mais pobres não perdem competitividade apenas na escola. Eles já chegam em desvantagem. NoRio Grande do Sul, com patrocínio da UNESCO, foi realizado um programa para ajudar as mães com
poucos recursos e estimular os filhos, na idade até cinco anos.
A tese é a de que a falta de estímulo nesta idade, reduz as possibilidades da criança aprender na escola e desenvolver seu potencial. Pena que o trabalho no Sul não se espalhou ainda pelo Brasil, exceto nas creches voltadas para alta classe média. As mães mais ricas sabem como estimular, mas terceirizam a tarefa.
Uma pesquisa desse tipo deveria provocar uma grande debate nacional sobre a saída que envolva governo e sociedade. Ao lado da infraestrutura, a educação é um dos gargalos no processo de crescimento do Brasil.



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