MAIS ESCOLA PARA MANDAGUARI E UMA MURALHA ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO

Na tarde desta terça feira 12/09 o povo de Mandaguari alegrou-se com a audiência do Prefeito Cileninho com o Governador do Paraná Beto Richa e com a notícia da construção de mais uma escola municipal. Que resolverá o problema da dualidade da Escola Municipal Yolanda Cercal.
O estabelecimento será construído num terreno ao lado da Pré-Escola Tio Patinhas, que já havia sido regularizado e um projeto aprovado pelo governo anterior, que acabou não seguindo em frente.  Na atual administração, todas as escolas municipais já foram ampliadas e reformadas e uma nova será inaugurada em breve no Jardim Boa Vista, região que ainda não possui estabelecimento de ensino.
  




Temos ouvido a notícia de que a qualidade do ensino por aqui está acima da média, de que o IDEB está em alta, mas as evidências apontam para outro rumo.

Os resultados dos exames do ENEM estão sendo, amplamente, discutidos hoje. Os noticiários mais recentes acentuaram a melhora no rendimento. Mas ainda é grave o fato de oito entre dez escolas públicas estarem abaixo da média.
A brecha entre escola pública e privada representa uma diferença de oportunidades. No momento em que o tema se transforma no mais importante da agenda política em outros países, aqui suscita apenas os debates de ocasião.
Dois fatores contribuem. O primeiro deles é o peleguismo das entidades estudantis, que são uma espécie de força auxiliar do governo.
Outro ponto importante é a universalização que foi conquistada no Brasil muito recentemente. As famílias mais pobres ficaram satisfeitas  apenas em encontrar escolas. Numa segunda etapa, a tendência é questionar a qualidade.
Em pesquisa realizada no Chile algumas pessoas levantando o tema sobre a educação:perceberam que as diferenças começam antes da entrada na escola. Algumas crianças chegam com quatro mil palavras aprendidas, outras apenas 500.
 Daí a necessidade de também suplantar essa distância com programas para crianças até cinco anos. Se não forem, adequadamente, estimuladas nessa idade, perdem também parte da capacidade de aprender e criar.
Muitos profissionais que se dedicam a isso, trabalham hoje para creches da classe média alta. As mães mais pobres que precisam da ajuda para estimular os filhos não estão sendo assistidas.
Programas desse tipo demoram muito a se consolidar no país. Mas a distância revelada nos exames do ENEM poderia impulsionar governo e estudantes a buscarem novos rumos, incluindo neles a atenção às crianças de 0 a 5 anos.
Uma vez que Mandaguari tem sido pioneira em alguns avanços na área da educação seria importante a pavimentação de uma estrada para a melhora significativa da educação infantil. E se possível surpreendermos o Brasil com tal iniciativa.

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