À exceção do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, todos os demais que estiveram envolvidos em denúncias de irregularidades e terminaram afastados percorreram a mesma trilha pela qual segue hoje o ministro do Esporte, Orlando Silva. Primeiro, foram à Câmara dos Deputados ou ao Senado e vice-versa. Foi assim com Alfredo Nascimento, dos Transportes; Wagner Rossi, da Agricultura; Pedro Novais, do Turismo.

   
                                                            Ministro Orlando Silva

      Todos tomaram esse caminho até para se diferenciar de Palocci, o primeiro a tombar no primeiro escalão do governo Dilma. Apesar de terem adotado essa estratégia, esses ministros  todos pertencentes a partidos bem maiores que o PCdoB  não conseguiram permanecer no cargo. Por isso, muitos acreditam que essas audiências  na câmara e no senado de nada adiantam. Porque a turma vai ali, põe o ministro a falar por horas, mas as bocas da delação permanecem escancaradas, dando combustível à mídia que promove o bombardeio contínuo.
       A única diferença em relação a Orlando Silva até o momento é a de que ele pediu a investigação da Polícia Federal. Ocorre que essas apurações não são feitas do dia para noite. Portanto, não obedecem ao tempo da política, nem ao tempo cada vez menor para as negociações envolvendo a Copa do Mundo. Por essas e outras, de forma muito fria, muitos consideram que Orlando está mesmo com os dias contados, se as coisas não forem bem explicadas, não adiantará reza e oração,estará contrariando um princípio da Presidente Dilma que não admite erro de gestão. E se Orlando não cai agora, é só uma questão de tempo, rolará na esteira da reforma ministerial em janeiro.

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