Sardenberg faz apologia do capitalismo e atribui crise aos gregos IV

Socorro aos bancos

Apesar das singularidades nacionais, o fato é que a crise fiscal explodiu na Europa em consequência das custosas e generosas operações de socorro aos banqueiros levadas a cabo pelos governos e envolvendo centenas de bilhões de euros. O norte-americano Paul Krugman (Prêmio Nobel de Economia em 2008), que não pode ser caracterizado como um intelectual de esquerda, já escreveu vários artigos explicando o fenômeno. Cito abaixo dois parágrafos de um de seus textos a respeito (“Zumbis gastadores”, de 2/12/2011), onde analisa os casos da Espanha e Itália. 

“Antes da crise, a Espanha tinha um endividamento baixo, que recuava cada vez mais. A Itália tinha um alto endividamento herdado do passado, mas estava num constante processo de redução deste endividamento em relação ao seu PIB. Nenhum dos dois países estava gastando de maneira irresponsável – simplesmente não foi isto que ocorreu. Desde o início da crise o endividamento tem aumentado em relação ao PIB, mas é isto que ocorre quando se tem uma crise econômica.”

“Pois é, a Grécia. Mas a Grécia é agora uma pequena parte desta história. A Grécia (PIB de aproximadamente US$ 300 bilhões) equivale mais ou menos à Grande Miami (US$ 270 bilhões). Itália e Espanha são as grandes protagonistas, e estes países não estavam – repito: não estavam – agindo com irresponsabilidade fiscal.”



Fonte:Portal Vermelho

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