O jogo do Brasil contra Gana, em Londres, foi 1 a 0 e o time adversário jogou com apenas 10 homens. O que chamou atenção foi a capacidade do estádio para apenas 20 mil pessoas.
O que evidencia que o Brasil esta perdendo prestígio no exterior. A empresa árabe que comprou os direitos dos jogos brasileiros reprogramou os jogos para platéias menores, pois caiu o interesse do espectador estrangeiro.
Sem contar que o IBOPE da transmissão da partida no Brasil foi de 16, bem abaixo do que a Globo costuma atrair nesse horário.
As confluências de fatos é que não são muito interessantes, no momento em que o Brasil gasta fortunas para realizar uma Copa do Mundo, o prestígio do futebol brasileiro cai, aqui e fora do pais, dando a entender que a nossa seleção está em pé de igualdade a todas as outras, com chances discretas de ser campeã.
Penso que a vitória de ontem não mudou nossa posição no ranking. Estávamos em sexto lugar. Isto não impede que o Brasil organize uma Copa do Mundo, mas não quer dizer que o nosso futebol é único no que tange a magia.
Enquanto os torcedores brasileiros exibiam uma faixa com a inscrição fora Ricardo Teixeira. Os jogadores de Gana entraram com a foto de um dirigente de futebol na camisa. Ele morreu recentemente e parece ser estimado por todos.
A oposição contra Ricardo Teixeira é apenas um detalhe.Ea hecatombe do futebol brasileiro é outro . Os gastos superfaturados na Copa do Mundo, completam o quadro. O Tribunal de Contas conseguiu uma redução de R$97 milhões nas obras de reparo no Maracanã.As obras estão a cargo da empresa Delta, de Fernando Cavendish, o amigo do governador Cabral. A intimidade entre os dois foi revelada no acidente de helicóptero no sul da Bahia.
É bom lembrar também alguns novos fatos. Nas transferências milionárias realizadas este mês no futebol europeu, nenhum dos jogadores negociados era brasileiro.
Se confirmada a transferência de Neymar para o Barcelona será o único a se mudar para a Europa, o maior mercado do mundo. Por acaso, é o principal craque da nova geração.
Não dá mais para recuar. Mas a Copa do Mundo que vai absorver muito dinheiro público foi pensada com imagem do futebol brasileiro que não corresponde à realidade do momento. O que torna os investimentos mais arriscados ainda.
